sábado, 21 de janeiro de 2012

Trava-se a Grande Batalha


Meus filhos:

Permaneça conosco a paz do Senhor!

Vivemos o abençoado momento das definições no mundo, quando o planeta de provas e expiações, estertorando, transita para o mundo de regeneração.

Convulsões internas e desafios externos acumulam-se em toda parte.

As dores acerbas convidam as criaturas humanas, ricas de ciência e de tecnologia, às provas de amor, às reflexões profundas em torno dos objetivos essenciais da existência humana.

Anunciadas desde os dias gloriosos do Senhor entre nós, cantando as grandezas do Seu Evangelho, tornam-se realidade neste período, quando os cristãos novos são convocados às definições exaradas na Sua palavra libertadora.

É compreensível que o fato aflitivo conduza os sentimentos, algo estiolados, ao desespero, por falta de resistência moral de alguns dos encarregados da preparação da Era Nova. Nada obstante, é em momento desta natureza, que se podem avaliar os legítimos valores do caráter, da personalidade do ser interior.

O Espiritismo veio para, no momento grave das dores, consolar as almas aturdidas. Não somente, porém, para enxugar-lhes o pranto e o suor, mas principalmente para apontar-lhes a via de segurança para alcançar o objetivo libertador.

Quando o Mestre prometeu o Paracleto, asseverou que ele enxugaria as lágrimas. Entretanto, traçaria roteiros novos e apresentaria formulações desconhecidas, repetindo as lições originais, e Allan Kardec, o vaso escolhido, desincumbiu-se da nobre tarefa coroado pelo sacrifício, pela abnegação e pela entrega total.

Passaram-se mais de 150 anos desde as primeiras clarinadas de luz, e nesse período surgiram as dificuldades, os problemas humanos somados às necessidades da evolução ante o programa de iluminação de consciências.

Tendes compreendido que se torna necessária a entrega pessoal com todo amor ao trabalho de dignificação humana.

Já demonstrastes a fidelidade possível ao labor designado pelo Mestre incomparável…

Conduzindo a Terra aos sublimes páramos, permaneceis conscientes das responsabilidades que vos dizem respeito, e vindes desincumbindo-vos do compromisso com a retidão possível e, portanto, indispensável.

Permaneceis fiéis, mesmo sob as chuvas de calhaus, de infâmias e de dificuldades que se transformam em tempestades ameaçadoras...

É necessário confiar, sem que o desânimo tome conta dos vossos ideais.

Jesus confia em nós na razão direta em que nos entregamos ao Seu comando.

Se, sob um aspecto, as dores apresentam-se mais terríveis do que antes, por outro lado, a claridade do Evangelho já oferece a alegria de proporcionar a antevisão dos porvindouros dias.

Mantende a chama da fraternidade acesa nos corações a qualquer preço da verdade e do entusiasmo, a fim de que os enfraquecidos na luta retemperem o ânimo e prossigam, mesmo que tenham os joelhos desconjuntados.

Reuniões como estas devem repetir-se amiúde, para que quaisquer problemas sejam equacionados por intermédio da comunhão fraternal e do direcionamento para o Bem.

É natural que, muitas vezes, surjam divergências opinativas que se não devem constituir motivo de dissensão pessoal.

Cada criatura tem uma percepção muito especial, que lhe corresponde ao nível de evolução, e é compreensível que não veja de maneira igual aquilo que outros conseguem observar.

Somente marchando de mãos dadas pela trilha segura do Evangelho de Jesus é que conseguireis conduzir o rebanho, ainda esparramado, na direção do Pastor.

Comprometestes-vos antes do berço realizar este labor de alta magnitude para o futuro da Humanidade. Deveis, portanto, executar o trabalho avançando com toda a dedicação possível, mesmo que, muitas vezes, apresenteis a alma dorida e os sentimentos despedaçados pela injúria, pela perseguição gratuita, pelos adversários da luz...

Apresentai-O, meus filhos da alma, em toda a Sua grandeza refletiva no vosso exemplo de abnegação e de amor.

Em dia não muito distante, desfraldando ainda a bandeira da paz, podereis sorrir observando o campo de batalha, não mais juncado de cadáveres sangrando, mas de Espíritos vitoriosos sobre as paixões dissolventes, cantando a glória da imortalidade.

Que o Senhor de bênçãos vos abençoe a todos, são os votos do servidor humílimo e paternal e dos Mentores do trabalho em execução nos diferentes países que constituem o Conselho Espírita Internacional!

Muita paz, meus filhos, com todo o carinho do amigo de sempre,

Bezerra

(Mensagem psicofônica recebida pelo médium Divaldo Pereira Franco, no dia 28 de outubro de 2011, em Maia, Portugal, durante o encerramento da reunião da Coordenadoria do Conselho Espírita Internacional da Europa. Publicado originalmente em: REFORMADOR, dez. 2011, p. 35)

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