Meus filhos:
Permaneça conosco a paz do Senhor!
Vivemos o abençoado momento das definições no mundo, quando o planeta de provas e expiações,
estertorando, transita para o mundo de regeneração.
Convulsões internas e desafios externos acumulam-se em toda parte.
As dores acerbas convidam as criaturas humanas, ricas de ciência e
de tecnologia, às provas de amor, às reflexões profundas em torno dos objetivos
essenciais da existência humana.
Anunciadas desde os dias gloriosos do Senhor entre nós, cantando
as grandezas do Seu Evangelho, tornam-se realidade neste período, quando os
cristãos novos são convocados às definições exaradas na Sua palavra
libertadora.
É compreensível que o fato aflitivo conduza os sentimentos, algo
estiolados, ao desespero, por falta de resistência moral de alguns dos
encarregados da preparação da Era Nova. Nada obstante, é em momento desta
natureza, que se podem avaliar os legítimos valores do caráter, da
personalidade do ser interior.
O Espiritismo veio para, no momento grave das dores, consolar as
almas aturdidas. Não somente, porém, para enxugar-lhes o pranto e o suor, mas
principalmente para apontar-lhes a via de segurança para alcançar o objetivo
libertador.
Quando o Mestre prometeu o Paracleto,
asseverou que ele enxugaria as lágrimas. Entretanto, traçaria roteiros novos e
apresentaria formulações desconhecidas, repetindo as lições originais, e Allan
Kardec, o vaso escolhido,
desincumbiu-se da nobre tarefa coroado pelo sacrifício, pela abnegação e pela
entrega total.
Passaram-se mais de 150 anos desde as primeiras clarinadas de luz,
e nesse período surgiram as dificuldades, os problemas humanos somados às
necessidades da evolução ante o programa de iluminação de consciências.
Tendes compreendido que se torna necessária a entrega pessoal com
todo amor ao trabalho de dignificação humana.
Já demonstrastes a fidelidade possível ao labor designado pelo
Mestre incomparável…
Conduzindo a Terra aos sublimes páramos, permaneceis conscientes
das responsabilidades que vos dizem respeito, e vindes desincumbindo-vos do
compromisso com a retidão possível e, portanto, indispensável.
Permaneceis fiéis, mesmo sob as chuvas de calhaus, de infâmias e
de dificuldades que se transformam em tempestades ameaçadoras...
É necessário confiar, sem que o desânimo tome conta dos vossos
ideais.
Jesus confia em nós na razão direta em que nos entregamos ao Seu
comando.
Se, sob um aspecto, as dores apresentam-se mais terríveis do que
antes, por outro lado, a claridade do Evangelho já oferece a alegria de
proporcionar a antevisão dos porvindouros dias.
Mantende a chama da fraternidade acesa nos corações a qualquer
preço da verdade e do entusiasmo, a fim de que os enfraquecidos na luta
retemperem o ânimo e prossigam, mesmo que tenham os joelhos desconjuntados.
Reuniões como estas devem repetir-se amiúde, para que quaisquer
problemas sejam equacionados por intermédio da comunhão fraternal e do
direcionamento para o Bem.
É natural que, muitas vezes, surjam divergências opinativas que se
não devem constituir motivo de dissensão pessoal.
Cada criatura tem uma percepção muito especial, que lhe
corresponde ao nível de evolução, e é compreensível que não veja de maneira
igual aquilo que outros conseguem observar.
Somente marchando de mãos dadas pela trilha segura do Evangelho de
Jesus é que conseguireis conduzir o rebanho, ainda esparramado, na direção do
Pastor.
Comprometestes-vos antes do berço realizar este labor de alta
magnitude para o futuro da Humanidade. Deveis, portanto, executar o trabalho
avançando com toda a dedicação possível, mesmo que, muitas vezes, apresenteis a
alma dorida e os sentimentos despedaçados pela injúria, pela perseguição
gratuita, pelos adversários da luz...
Apresentai-O, meus filhos da alma, em toda a Sua grandeza
refletiva no vosso exemplo de abnegação e de amor.
Em dia não muito distante, desfraldando ainda a bandeira da paz,
podereis sorrir observando o campo de batalha, não mais juncado de cadáveres
sangrando, mas de Espíritos vitoriosos sobre as paixões dissolventes, cantando
a glória da imortalidade.
Que o Senhor de bênçãos vos abençoe a todos, são os votos do
servidor humílimo e paternal e dos Mentores do trabalho em execução nos
diferentes países que constituem o Conselho Espírita Internacional!
Muita paz, meus filhos, com todo o carinho do amigo de sempre,
Bezerra
(Mensagem
psicofônica recebida pelo médium Divaldo Pereira Franco, no dia 28 de outubro
de 2011, em Maia, Portugal, durante o encerramento da reunião da Coordenadoria
do Conselho Espírita Internacional da Europa. Publicado originalmente em:
REFORMADOR, dez. 2011, p. 35)
Nenhum comentário:
Postar um comentário