terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Programação: Palestra de Abertura com João Rabelo (FEB)


A palestra de abertura, que tem como título o próprio tema do ECOAR (A vida no mundo espiritual), ficará a cargo de JOÃO RABELO, diretor da Federação Espírita Brasileira, foi o coordenador geral do último Congresso Espírita Brasileiro (2010). Suas exposições são bastante instrutivas, ricas de relatos e histórias interessantes.

Anote na Agenda:
9 de Fevereiro de 2013, sábado, às 19h30.
- Grupo de Assistência Espiritual Eurípedes Barsanulfo - GAEEB.Setor D sul, Área especial 18 – Taguatinga-DF. Auditório Raphael Thoms.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Culto Doméstico


Em Os Mensageiros, no capítulo homônimo ao do título deste artigo, encontramos D. Isabel, viúva e mãe muito devotada, em reunião com seus três filhos, para a realização do Culto no Lar.

A reunião inicia-se com a prece da pequena Neli (9 anos).

A presença de trabalhadores invisíveis não se fez esperar.

Cumpre acrescentar que aquele lar representava uma das Oficinas da colônia espiritual de Nosso Lar na cidade do Rio de Janeiro.

Joaninha, a filha mais velha, fez a primeira leitura, com base em obra doutrinária. Em seguida, leu notícia de um episódio triste, do noticiário comum, relativo a um suicídio.

Vencida essa etapa, D. Isabel abre o Novo Testamento, lendo o capítulo 13, versículo 31, do Evangelho de São Mateus: “Outra parábola lhes propôs, dizendo: - O Reino dos Céus é semelhante ao grão de mostarda que o homem tomou e semeou no seu campo.”

A breve lição encerrava ensinamento profundo. Inspirada pelo amigo espiritual Fábio Aleto, D. Isabel realiza a interpretação espiritual da passagem lida.

Primeiro, a matriarca elucida o caso da jovem suicida, destacando que “ninguém comete erros por amar verdadeiramente”. Sua entrega a paixões que rebaixam os sentimentos foi a causa de sua partida precoce. Pelo exemplo, D. Isabel ensina a seus filhos a ajudarem a jovem desencarnada: “Lembremos, todavia, essa amiga desconhecida, com um pensamento de simpatia fraternal. Que Jesus a proteja nos caminhos novos. Não estamos examinando um ato, que ao Senhor compete julgar, mas um fato, de cuja expressão devemos extrair o ensinamento justo.”

Novas luzes são lançadas na interpretação do trecho evangélico. Deixaremos aqui para nossa reflexão nesse início de semana:

A mensagem evangélica desta noite assevera, pela palavra do nosso Divino Mestre aos discípulos, que o reino dos céus é também “semelhante ao grão de mostarda que o homem tomou e semeou no seu coração”. Devemos ver, neste passo, meus filhos, a lição das coisas mínimas. A esfera carnal onde vivemos está repleta de irreflexões de toda sorte. Raras criaturas começam a refletir seriamente na vida e nos deveres, antes do leito da morte física. Não devemos fixar o pensamento tão só nessa jovem que se suicidou em condições tão dramáticas, ao nos referirmos aos ensinos de agora. Há homens e mulheres, com maiores responsabilidades, em todos os bairros, que evidenciam paixões nefastas e destruidoras no campo dos sentimentos, dos negócios, das relações sociais. As mentes desequilibradas pela irreflexão permanecem, neste mundo, quase por toda a parte. É que nos temos descuidado das coisas pequeninas. Grande é o oceano, minúscula é a gota, mas o oceano não é senão a massa das gotas reunidas. Fala-nos o Mestre, em divino simbolismo, da semente de mostarda. Recordemos que o campo do nosso coração está cheio de ervas espinhosas, demorando, talvez, há muitos séculos, em terrível esterilidade. Naturalmente, não deveremos esperar colheitas milagrosas. É indispensável amanhar a terra e cuidar do plantio. A semente de mostarda, a que se refere Jesus, constitui o gesto, a palavra, o pensamento da criatura.
[...]
Toda vez que ‘pegarmos’ desses grãos, consoante a Palavra Divina, semeando-os no campo íntimo, receberemos do Senhor todo o auxilio necessário. Conceder-nos-á a chuva das bênçãos, o sol do amor eterno, a vitalidade sublime da esfera superior. Nossa semeadura crescerá e, em breve tempo, atingiremos elevadas edificações. Aprendamos, meus filhos, a ciência de começar, lembrando a bondade de Jesus a cada instante. O Mestre não nos desampara, segue-nos amorosamente, inspira-nos o coração. Tenhamos, sobretudo, confiança e alegria!”
ANDRÉ LUIZ (Espírito); CHICO XAVIER (Médium). Os Mensageiros. Rio de Janeiro: FEB, 1944. Cap. 35 – Culto Doméstico.

domingo, 20 de janeiro de 2013

Lares de Espiritualidade


“[Instrutor Alexandre:] A primeira instituição visível do Cristianismo foi o lar pobre de Simão Pedro, em Cafarnaum. Uma das primeiras manifestações de Nosso Senhor, diante do povo, foi a multiplicação das alegrias familiares, numa festa de núpcias em pleno aconchego do lar. Muitas vezes visitou Jesus as casas residenciais de pecadores confessos, acendendo novas luzes nos corações. A última reunião com os discípulos verificou-se no cenáculo doméstico. O primeiro núcleo de serviço cristão em Jerusalém foi ainda a moradia simples de Pedro, então transformado em baluarte inexpugnável da nova fé. Inegavelmente, todo templo de pedra, dignamente superintendido, funciona qual farol no seio das sombras, indicando os caminhos retos aos navegantes do mundo, mas não podemos esquecer que o movimento vital das idéias e realizações baseia-se na igreja viva do espírito, no coração do povo de Deus. Sem adesão do sentimento popular, na esfera da crença vivida no âmago de cada um, qualquer manifestação religiosa reduz-se a mero culto externo. Por isso mesmo. André, no futuro da Humanidade, os templos materiais do Cristianismo estarão transformados em igrejas-escolas, igrejas-orfanatos, igrejas-hospitais, onde não somente o sacerdote da fé veicule a palavra de interpretação, mas onde a criança encontre arrimo e esclarecimento, o jovem a preparação necessária para as realizações dignas do caráter e do sentimento, o doente o remédio salutar, o ignorante a luz, o velho o amparo e a esperança. O Espiritismo evangélico é também o grande restaurador das antigas igrejas apostólicas, amorosas e trabalhadoras. Seus intérpretes fiéis serão auxiliares preciosos na transformação dos parlamentos teológicos em academias de espiritualidade, das catedrais de pedra em lares acolhedores de Jesus.”

ANDRÉ LUIZ (Espírito); CHICO XAVIER (Médium). Missionários da Luz. Rio de Janeiro: FEB, 1945. Cap. 8 – No plano dos sonhos.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Perante a Arte


Colaborar na cristianização da arte, sempre que se lhe apresentar ocasião.

A arte deve ser o Belo criando o Bom.

Repelir, sem crítica azeda, as expressões artísticas torturadas que exaltem a animalidade ou a extravagância.

O trabalho artístico que trai a Natureza nega a si próprio.

Burilar incansavelmente as obras artísticas de qualquer gênero.

Melhoria buscada, perfeição entrevista.

Preferir as composições artísticas de feitura espírita integral, preservando-se a pureza doutrinária.

A arte enobrecida estende o poder do amor.

Examinar com antecedência as apresentações artísticas para as reuniões festivas nos arraiais espíritas, dosando-as e localizando-as segundo as condições das assembleias a que se destinem.

A apresentação artística é como o ensinamento: deve observar condições e lugar.

“E a paz de Deus, que excede todo entendimento, guardará os vossos corações e os vossossentimentos em Cristo Jesus.” — Paulo. (FILIPENSES, 4:7.)

ANDRÉ LUIZ (Espírito); CHICO XAVIER (Médium). Conduta espírita. Rio de Janeiro: FEB. [1960]


quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Haroldo Dutra Dias e o prefácio de "No Mundo Maior"


Em palestra proferida na “Semana Espírita da União Espírita Mineira de 2012”, o orador espírita Haroldo Dutra Dias aborda um tema específico da Série André Luiz: a conexão entre o mundo físico e o espiritual. Concentra-se, para tanto, no prefácio de Emmanuel a No Mundo Maior (1947).
 
Como sabemos, a viagem reencarnatória está prenhe do mistério sobre o tempo de nosso retorno à pátria espiritual, o que aumenta nossa responsabilidade no que tange às ações para o cumprimento de nossa missão na Terra.
 
Haroldo comenta que, infelizmente, temos por hábito refletir sobre a morte somente quando ela entra em nosso círculo familiar ou no círculo estreito de nossas relações.
 
A cada segundo, espíritos de diferentes localidades terrestres passam para o plano invisível. A grande maioria, como enfatiza Emmanuel, constitui-se de “menores de espírito”.
 
Os espíritos que reencarnam na Terra ainda estão fazendo o percurso da animalidade para a condição de humanidade. Em outras palavras, “não chegamos a ser humanos por completo.”
 
A Providência não exige muito de cada um de nós. Não reclama a angelitude, como muitos pensam, porquanto reconhece nosso real estágio evolutivo.
 
Parte dos desvios morais e da falta de rumos existenciais deve-se à acomodação, à perda da vontade de viver e buscar a reformulação espiritual a todo tempo. “Navegamos sem rota”, elucida Haroldo.
 
Esse quadro se agrava com o materialismo, em particular na crença de que tudo se encerra com o túmulo – daí o cultivo imprudente do hedonismo, da satisfação de prazeres sem-conta. A criatura fica à deriva.
 
“A desencarnação não tem o condão de nos melhorar”, afirma Haroldo. Sim, porque a simples passagem à condição de espírito desencarnado não anula nossa personalidade, incluindo acertos e desacertos. Continuamos os mesmos, a não ser que façamos o esforço para o melhoramento.
 
Importa, então, a evolução consciente. Nosso desafio na Doutrina Espírita é encontrar o objetivo reencarnatório, compreendendo de maneira larga as razões para vivermos nas circunstâncias em que estamos. A obra de André Luiz posiciona-se no centro desse tema.
 
Após essa brevíssima introdução, assista à palestra na íntegra: