1991. 3º Volume da Série Psicológica |
“(...) Indubitavelmente, conforme
acentua a Doutrina Espirita, o homem é a síntese das suas próprias
experiências, autor do seu destino, que ele elabora mediante os impositivos do
determinismo e do livre-arbítrio.
“Esse
determinismo - inevitável apenas em alguns aspectos: nascimento, morte, reencarnação
- estabelece as linhas matrizes da existência corporal, propelindo o ser na
direção da sua fatalidade última: a perfeição relativa. Os fatores que
programam as condições do renascimento do corpo físico são o resultado dos atos
e pensamentos das existências anteriores. Ser feliz quanto antes ou
desventurado por largo tempo depende do livre-arbítrio pessoal. A opção por
como e quando agir libera o Espirito do sofrimento ou agrilhoa-o nas suas
tenazes.
“A vida
são os acontecimentos de cada instante a se encadearem incessantemente. Uma
ação provoca uma correspondente reação, geradora de novas ações, e assim
sucessivamente.
“Desse
modo, o indivíduo é o resultado das suas atividades anteriores. Nem sempre,
porém, se lhe apresentam esses efeitos imediatamente, embora isso não o libere
dos atos praticados.
“É
possível que uma experiência fracassada ou danosa, funesta ou prejudicial se
manifeste a outras pessoas como ao seu autor por meio dos resultados, após a
próxima ou passadas algumas reencarnações. Esses resultados, no entanto,
chegarão de imediato ou em mais tardio tempo. O certo é que virão em busca da
reparação indispensável.
“Da mesma
forma, as construções do bem se refletirão no comportamento posterior do
indivíduo, sem que, necessariamente, tenham caráter instantâneo. O fator tempo,
na sua relatividade, é de somenos importância.
“Portanto,
os sofrimentos humanos de natureza cármica podem apresentar-se sob dois
aspectos que se complementam: provação e expiação. Ambos objetivam educar e
reeducar, predispondo as criaturas ao inevitável crescimento íntimo, na busca
da plenitude que as aguarda.”
Joanna de Ângelis (Espírito). Plenitude. Psicografia de Divaldo Pereira Franco. Salvador (BA): LEAL, 1991. Cap. 3 – Origens do sofrimento.
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